segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Acervo de Willy Hein - I


Ricardo Hein escreveu:
Esse quadro, chamado por nós "A Queimada" foi pintado pelo meu avô Willy Hein em 1949.
Na verdade é um "retrato" feito diante da casa do Vater, no Itaim, onde se vê tres funcionários da Prefeitura controlando uma queimada provocada pelos próprios com o objetivo de limpar o terreno preparando-o para a construção da Avenida Nove de Julho, hoje uma importante ligação entre o centro e os Jardins.
(história contada pelo meu pai quando me passou o quadro)

6 comentários:

Cláu disse...

Me lembro desse quadro na parede da casa da Pelotas...

observer disse...

Esse quadro deu o que falar entre eu e meu pai! Agora que ele apareceu, vou contar que em 2000, mais ou menos, meu pai deixou este quadro e mais alguns retratos de família comigo, sob meus cuidados. Um dia, mais ou menos em 2002, acho eu, quando ele estava indo morar no Rio, ele passou na minha casa e resolveu levar embora um quadrinho com um retrato do Wilhelm Ernst (avô dele e da Leny) para o Rio.
Em 2003 eu mudei de casa e desde então nunca mais vi o quadro da queimada, que antes ficava na parede do meu quarto. Durante 6 anos eu e meu pai, sempre com muita educação, tentamos convencer um ao outro de que o quadro estava com "o outro". Eu juro que achei que ele tinha levado pro Rio junto com o retrato do meu bisavô, e ele, jurando que estava comigo.
Finalmente em agosto de 2009, o quadro da queimada foi localizado na casa de minha mãe, onde acabou ficando, junto com um grupinho de outras coisas, após a minha mudança.
Ei-lo de volta à família, após todo este mistério.
O curioso é que ele estava todo esse tempo guardado no Itaim Bibi, há poucas quadras da Bandeira Paulista, local onde foi originalmente pintado.
Ufa, ainda bem que ele apareceu!
Foi mal, pai!

Eduardo Hein disse...

Somente agora, aos 27 anos, revendo a foto de "a queimada", é que fui perceber do que um quadro é capaz.
Na minha infância sempre tivemos em nossa sala, uma porção de quadros. Naquela época, todos sem importância, pelo menos pra mim.
Serviam sim, para eu e meus irmãos darmos risadas com a forma meticulosa pela qual meu pai os alinhava na parede, provavelmente ele ainda o faz (os olhava fixamente e com a mão estendida e um olho fechado seguia uma reta imaginária com a mão, da moldura lateral, até o ponto fixo onde o quadro deveria se alinhar, podia ser um sofá ou uma mesa). Era muito engraçado. E nós, como sempre muito queridos, faziamos questão de deixar os quadros o mais torto possível, e o velho chegava em casa e dizia: "Empregada miserável, como pode ser tão sem noção?"
Pois a partir de agora, darei mais atenção a quadros "de velho" e objetos de decoração "caretas", pois quem sabe poderão também me remeter a boas memórias. Bem como os quadros esculpidos em madeira, os talheres enormes, também em madeira, além daquela garrafona arredondada de vidro verde, que conheceu muitas de nossas moradas nestas nossas andanças.
Lembranças da minha vida, algumas boas, outras nem tanto, enfim, minhas lembranças. Querendo ou não são elas que formaram QUEM e O QUE sou hoje.
Beijos e abraços.
Dudu

Anônimo disse...

Prezados,
possuo um quadro a óleo (100x75cms) adquirido na feira de antiguidades do MASP que deve ser de vosso avô. Trata-se de uma cena de floresta tropical com uma cachoeira ao fundo e muitas palmeiras,algumas garças e um índio de pé admirando "Yara", uma loira nua deitada na água. No canto esquerdo lê-se:
Yara- a sedutora " mai das águas"
(da lenda indígena brasileira)
Willy Hein
1948
Agradeceria se tivessem alguma informação adicional
obrigado

Paulo Ricardo Gherardi Hein disse...

Prezado anônimo,
Obrigado pela mensagem e informação. Talvez uma foto do quadro possa ser útil para que os familiares forneçam maiores detalhes a respeito da referida (e talvez desconhecida) obra.
Paulo R G Hein

miguel rodrigues disse...

Me envie um email ou um local onde possa anexar a foto pois aqui não consigo.

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